Os tradutores intérpretes de libras que fazem parte da rede municipal de ensino estão aprimorando a técnica por meio do curso avançado ofertado pela Secretaria de Educação (Seduc). A capacitação para estes profissionais teve início nesta quarta-feira (28) e segue até esta sexta (30), objetivando garantir maior inclusão nas unidades escolares.
Para o professor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Radijalma Teixeira, essa formação traz um conhecimento e um avanço dentro da sala de aula não só para os tradutores interpretes, mas principalmente para as pessoas surdas que vão receber esse serviço, como também para os professores da sala de aula regular que trabalham juntamente com esses intérpretes.
“Nós tivemos um momento muito relevante, que dá a eles toda a fundamentação do trabalho de cada um e é muito importante que esses tradutores entendam e conheçam sobre os estudos da tradução, sobre técnicas tradutórias, sobre estratégias de tradução, sobre resoluções de problemas de tradução e interpretação para que com isso eles possam atuar de forma mais consciente e com maior segurança”, explica Radijalma.
Após esse primeiro momento terá a parte prática, onde serão trabalhadas algumas questões de tradução intralingual, tradução e interpretação interlingual e outras práticas, mas dentro da realidade do trabalho com as crianças. “É um trabalho em conjunto, a Seduc está de parabéns por promover esse momento com os professores, com os coordenadores, diretores, gestores e intérpretes”.
A atividade já foi realizada para os professores, coordenadores, diretores e cuidadores. A professora da Escola Manoel Nascimento Neto, Josi Blandino, destacou o resultado positivo da formação. “A importância da formação em Libras para os intérpretes é justamente para que a gente consiga dar uma melhor condição de aprendizagem para os nossos alunos em sala de aula. É muito enriquecedor, tanto para a gente da comunidade escolar e principalmente para o aluno surdo. Tem uma aluna surda na escola Manoel e além de trabalhar com a aluna, ensinei para a turma para que a comunicação dela fosse melhor dentro da sala de aula, para que ela conseguisse se comunicar com todos”, diz.
De acordo com a professora Josi a ação foi ampliada para todas as salas da Escola Manoel Neto. “Conversando com a Coordenação de Educação Especial na Sala de Recurso a gente conseguiu estender para todas as salas da Escola Manoel Neto. As professoras de português me cederam uma aula de libras por semana. Então além da sala ter essa inclusão junto com a aluna, a própria escola também já está se ampliando nesse ponto”, finaliza.
Autor: Ascom/ PMPA