A Secretaria de Turismo, Industria e Comercio tem buscado, junto a direção da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), a flexibilidade para a visitação do complexo hidrelétrico período de pandemia da Covid-19, através de um cronograma obedecendo todos os trâmites protagonizados pelos Ministérios da Saúde e Turismo.
Em ofício enviado à empresa, a secretaria ressaltou a importância do complexo de usinas PA 1, PA 2, PA 3 e PA 4, que são atrativos que fortalecem o turismo local, aquecendo a economia da cidade em várias vertentes. Além das usinas hidroelétricas a área de abrangência da estatal proporciona uma ampla visão das belezas naturais, a exemplo, dos cânions com quilômetros de espelhos d’água.
O secretário Nino Rangel explicou sobre as solicitações enviadas à Chesf. “Desde o início da pandemia inúmeras atividades turísticas foram proibidas. A Chesf é, na verdade, a nossa maior venda do turismo, e os números apontam isso. Em 2019, foram mais de 15 mil visitações de turistas que vieram conhecer o complexo. Entendemos toda a preocupação da empresa com relação aos seus funcionários evitando contaminações, porém visualizamos toda uma cadeia de empregos e renda que estão prejudicadas nesse momento. Nossas reivindicações buscam ter da Chesf um plano de datas específicas para essas visitas, dentro das normas vigentes de prevenção. Estamos agindo em outras tratativas com prefeitos da região que também têm em seus municípios esses entraves turisticamente falando”, disse.
Em nota, enviada por sua Ouvidoria, a Chesf justificou porque evita a reabertura nesse momento. No documento, explica que vem acompanhando detidamente a evolução dos fatos em relação à pandemia de Covid-19 e apresentou, em julho de 2020, o Plano de Retorno às Atividades Presenciais, em consonância com as diretrizes da Organização Mundial de Saúde – OMS, critérios orientadores da Organização Internacional do Trabalho – OIT, recomendações do Ministério da Saúde, legislação local e diretrizes da Eletrobras, e, ainda, respeitando as especificidades das atividades e localidades da Chesf para mitigação da transmissão do Covid-19.
A premissa principal do Plano é assegurar um ambiente controlado, seguro e saudável para as atividades laborais dos empregados da Companhia, entre as quais: – Retorno gradual às atividades presenciais, das equipes próprias e prestadoras de serviço, mediante testagem e autorização da equipe de medicina ocupacional, com preservação de empregados de grupo de risco em trabalho remoto;
– Manutenção de distanciamento social dos postos de trabalho e demais espaços coletivos;
– Preenchimento pelos empregados de Check-in diário, com reporte imediato de qualquer sintoma de Covid-19;
– Restrição de atividades presenciais em grupo, priorizando-se videoconferências, inclusive com fornecedores externos;
– Monitoramento dos casos suspeitos e confirmados para evitar possíveis situações de contaminação coletiva.
Inequivocamente, a liberação de atividades turísticas no parque industrial de geração do complexo de Paulo Afonso, neste momento, potencializaria o risco de contágio dos empregados da Companhia e, consequentemente, a própria operação e manutenção do Sistema Elétrico.
Dito de outro modo: no cenário atual da pandemia de Covid-19, submeter os empregados que operam o sistema a um aumento de possibilidade de contatos com terceiros, elevaria a probabilidade de contaminação desses, com graves consequências à operação regular do Sistema.
Dessa forma, a Chesf reconhece a importância de sua relação com a cidade de Paulo Afonso, inclusive no que tange os aspectos relacionados ao turismo, mas ressalta o compromisso com a saúde e bem-estar dos empregados, e, em última análise, com o funcionamento do Sistema Elétrico.
Assim, por enquanto, permanece desautorizada a exploração turística nas dependências do Complexo da Chesf em Paulo Afonso e nas demais localidades de atuação da Companhia.
Por fim, a Chesf registra seu sincero desejo e sua real esperança de que brevemente a situação volte à normalidade e que o Complexo de Paulo Afonso volte a contribuir para o turismo da região.
O secretário avaliou a resposta da estatal. “Mesmo com esse entrave, vamos continuar buscando uma flexibilização da empresa as visitas ao complexo, além de atender aos profissionais da área. Estamos com outras alternativas de visitações às belezas da nossa cidade e seu potencial histórico, mas reconhecemos o potencial da Chesf como atrativo”, finalizou.
Autor: Ascom/PMPA