Secretários encontram dificuldades para administrar

Secretários encontram dificuldades para administrar

Secretários encontram dificuldades para administrar

Os secretários municipais da equipe do prefeito Anilton Bastos estão encontrando sérias dificuldades para realizar o seu trabalho devido ao estado em que muitas secretarias municipais foram encontradas. Um dos principais entraves está sendo o bloqueio de diversos computadores bem como a exclusão de arquivos pela administração passada, muitos deles imprescindíveis para o andamento do trabalho.

Uma das secretarias que está sofrendo com o problema é a Secretaria Municipal de Saúde. De acordo com a secretária Gesana Freire com o computador travado foi impossível obter qualquer informação referente à sua pasta. “A Secretaria de Saúde é descentralizada, mas como não pudemos ter acesso à nada, estamos somente com as informações do boca-a-boca, até porque não houve transição. Não conseguimos saber de nada referente à parte financeira da saúde nem outras informações”, explicou Gesana.

Como se não bastasse o travamento do sistema, a secretária deparou-se com o prédio que abriga a secretaria com diversos problemas na infra-estrutura. Assim como outros prédios públicos, a Secretaria de Saúde não passou por nenhum tipo de manutenção nos últimos quatro anos e as instalações estão em péssimas condições.

São paredes deterioradas pela ação do mofo e salitre, fiação elétrica aparente, piso de diversas salas danificados e o banheiro exalando mau-cheiro devido a um esgoto estourado. “Essa situação não é admissível em nenhuma secretaria, ainda mais em uma Secretaria de Saúde”, frisou a secretária. A equipe encontrou ainda diversas salas fechadas, sem a chave, inclusive a do almoxarifado.

Assim como a Secretaria de Saúde, a Secretaria de Assistência Social também passa pelos mesmos problemas – computadores travados e arquivos excluídos. A maior preocupação da equipe da Assistência Social está sendo com relação ao cadastro das pessoas beneficiadas, que foi totalmente apagado. A medida realizada pela administração anterior trará grandes penalidades à população, que terão dificuldades ao acesso aos benefícios até que sejam realizados os novos cadastros.

“Estamos totalmente no escuro, sem acesso a nada. Não temos nenhum dado referente ao que as pessoas receberam; marcação de viagens, nada. Foi um absurdo o que fizeram com a população menos favorecida do nosso município. Quem passou por aqui não tinha o menor compromisso com a dignidade da população”, lamenta-se uma funcionária. O veículo que serve à secretaria foi encontrado com o pneu furado.

“Menina Flor”

Na Casa de Passagem Menina Flor, o cenário do descaso continua. O imóvel, alugado desde a implantação do programa em 2005, está em condições precárias. O cupim tomou conta de diversos ambientes e as meninas abrigadas têm que conviver com uma infra-estrutura longe de ser a adequada para o tipo de projeto.

Segundo a nova coordenadora do local, a socióloga Andréa Maria Nascimento, as instalações são péssimas. “Esta estrutura que nos deparamos está longe de ser a ideal para esse tipo de projeto. Já identifiquei diversos problemas que afetam diretamente essas meninas”, frisou a coordenadora.

Durante a visita da equipe de reportagem, Andréa identificou diversos pontos da casa onde o cupim havia se instalado, como na sala de leitura, na coordenação, despensa e diversos outros lugares. No pátio, terreno completamente irregular e cheio de pedras, o que pode causar acidentes às crianças, além de uma piscina vazia que deveria estar interditada. “Como uma criança poderá correr em um lugar desnivelado como esse? Aqui o risco de acidente é imenso, ainda mais com essa piscina”, ressaltou.

Na despensa os alimentos dividiam o espaço com diversos objetos, além de não estarem armazenados de forma adequada, em um local com cupins, telhado com falhas e muita poeira. Em um depósito, localizado ao lado da despensa, diversos colchões e objetos amontoados.

Além da falta de infra-estrutura a Casa de Passagem Menina Flor sofre com a falta de mão-de-obra. Apenas cinco pessoas de apoio revezam-se para cuidar das 17 crianças que atualmente estão no local. “Esse pessoal de apoio faz de tudo um pouco; cozinham, lavam, dão banho nas crianças, preparam a alimentação, entre outras coisas. Isso é desumano; estão todas sobrecarregadas. Tive que contratar duas pessoas hoje em caráter de urgência”, enfatiza Andréa.

 

Autor: ASCOM

Artigos Relacionados