O prefeito de Paulo Afonso, Luiz Barbosa de Deus, participou na noite desta quinta-feira (24), de uma Sessão Extraordinária na Câmara de Vereadores. Na pauta, o anúncio do corte de serviços no Hospital Nair Alves de Souza (HNAS) anunciado pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf).
A notícia se espalhou na última segunda-feira (21) nas redes sociais e repercutiu em toda a região. Prefeitos, vereadores, deputados e entidades representativas se reuniram e estão se mobilizando contra essa determinação da companhia.
“Fiquei surpreso quando recebi o comunicado do diretor e achei de uma coragem ímpar. Ao longo desses 53 anos que conheço a Chesf, nunca vi uma decisão dessa natureza. Ao ver que o ofício havia sido encaminhado para diversos órgãos, entendi a dimensão que se poderia tomar e, de imediato, respondi a essa decisão sem fundamento”, afirma o prefeito.
Ainda de acordo com o gestor, a relação entre município e Chesf sempre foi amigável e que a empresa já tentou várias vezes repassar o hospital, mas que não é algo tão fácil. “É preciso se ter o diálogo, pensar no bem comum. O povo de Paulo Afonso não merece isso e essa decisão de limitar os atendimentos não tem sentido. Nós assinamos um termo para que a Ebesrh venha a administrar o Nair e ele deve ser cumprido”, ressalta.
Sobre a mobilização dos políticos para que os atendimentos no Nair sejam mantidos, o prefeito afirma que é de extrema importância. “A Chesf vem prestando serviços na parte de saúde há mais de seis décadas Não só os chesfianos e o povo de Paulo Afonso estão apavorados com essa notícia, mas os municípios de outros estados. Sei o quanto esse hospital é vital não só para a empresa, mas para todos os munícipes e por esse motivo, vamos fazer o que estiver ao nosso alcance para que o povo não seja penalizado”, enfatiza.
Acompanharam o prefeito Luiz de Deus, o secretário de Saúde, Ivaldo Sales Júnior; o Procurador Geral Igor Montalvão, o secretário de Turismo, Indústria e Comércio, Regivaldo Coriolano e o diretor do Hospital Municipal (HMPA), Guiarone Garibaldi. Prefeitos da 10ª região, vereadores de Paulo Afonso e de outros municípios, representantes de entidades e a população de cidades circunvizinhas também estiveram presentes.
Ao final da sessão, o presidente da Câmara, Pedro Macário, informou que vai acionar os advogados da Casa Legislativa, para que seja encaminhado um documento encaminhado ao Ministério Público Estadual e Federal, com providências acerca da decisão. “Não queremos essa situação. Paulo Afonso vive uma tempestade e nós que fazemos parte da política devemos dar nossa parcela de contribuição”, elenca.
Autor: ASCOM PMPA