No último sábado, 3 de junho, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco se reuniu em Paulo Afonso (Norte da Bahia) para discutir as ações que objetivam a preservação do rio e de seus afluentes. O encontro antecedeu a Semana do Meio Ambiente, que será aberta na segunda-feira (5). O São Francisco nasce na Serra da Canastra, em Minas Gerais e passa pelos estados de Goiás, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe, além do Distrito Federal. A campanha “Eu viro carranca para defender o Velho Chico”, iniciada em 2014, este ano tem como tema “A Preservação do Cerrado e da Caatinga”.
Diante dos contínuos processos de degradação ambiental, especialmente pela falta de saneamento básico em mais de 70% dos 507municípios banhados pelo Rio da Unidade Nacional, o CBHSF luta pela elaboração de planos de saneamento básico nesses municípios. No dia 3 de junho, instituído como “Dia Nacional em Defesa do Rio São Francisco”, membros do CBHSF se reúnem com representantes de Prefeituras, secretários de Meio Ambiente e diversas entidades, para avaliar a situação atual do rio. Revitalização, vazão consciente, novo modelo e nova matriz energética e uso racional dos recursos hídricos são as causas defendidas pelo CBHSF.
Na abertura do encontro que aconteceu no Auditório Edison Teixeira, representando o prefeito de Paulo Afonso, Luiz de Deus, ausente por motivo de outro compromisso de trabalho, o vice-prefeito e secretário de Meio Ambiente, Flávio Henrique Magalhães Lima agradeceu pela escolha da cidade para a realização de uma das cinco reuniões programadas pelo Comitê. Flavio Henrique disse que para resolver o problema da degradação do Rio São Francisco é fundamental a parceria entre todos os municípios e órgãos envolvidos.
“Paulo Afonso se sente muito feliz em sediar a reunião do CBHSF, antecedendo o grande encontro que vai acontecer aqui, no mês de Novembro. Nossa Secretaria trata meio ambiente como política pública estratégica, visto a complexidade de assuntos que envolve vários setores. Isoladamente não conseguiremos resolver os problemas do rio, mas juntos, cumprindo nosso papel, teremos mais chances de alcançar o objetivo. Nosso município abraça essa discussão nacional, e nós, como representantes do Poder Público, queremos participar mais diretamente”, concluiu.
Após a abertura, os participantes se dirigiram ao Balneário Prainha, onde houve um momento religioso presidido pelo Padre Gilmar Maranduba, poesias e depoimentos sobre o tema da campanha, apresentação de dança indígena e distribuição de mudas de plantas nativas.
À tarde, de volta ao Auditório Edison Teixeira, aconteceu a reunião da CCR para avaliação da campanha. Em seguida, o seminário de encerramento, com o professor Abelardo Montenegro, da Universidade Federal Rural de Pernambuco, com o tema: Recursos Hídricos, Outorga, Reuso de Águas”.
Durante as atividades foram colhidas assinaturas para viabilizar uma proposta que institua os biomas Caatinga e Cerrado como patrimônios nacionais, como já ocorre com a Mata Atlântica e a Floresta Amazônica.
Participaram do encontro, além do vice-prefeito, Flavio Henrique Lima, o reitor da UNIVASF, Julianeli Tolentino Lima; o diretor do IFBA/Campus Paulo Afonso, Arleno José de Jesus; o gerente do NTE 24, Marcos Pires; o prefeito de Afogados da Ingazeira – PE, José Patriota e representantes da Codevasf, Embasa, Compesa, Chesf, ONG AGENDHA, FUNAI, Ascopa, 1ª Companhia de Infantaria, UFRPE, comunidades indígenas e servidores municipais das cidades de Paulo Afonso, Glória, Delmiro Gouveia, Juazeiro, Jacobina, Chorrochó e Serra Talhada.
Autor: ASCOM/PMPA – redação: Washington Luís – DRT/BA nº 4109