Mona traz impactos para comunidades da Bahia, Sergipe e Alagoas

Mona traz impactos para comunidades da Bahia, Sergipe e Alagoas

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Nesta terça (2) e quarta-feira (3), o Município de Paulo Afonso é palco da XIII Assembleia Ordinária do Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga (Cerbcaat-Ba). O evento, que tem como objetivo o debate para a proposta de criação do Monumento Natural do Cânion do São Francisco (Mona), traz em seu bojo medidas que causarão impactos negativos no desenvolvimento econômico de comunidades ribeirinhas dos Estados da Bahia, Sergipe e Alagoas.

A criação do Mona tem como alvo a transformação de algumas áreas ribeirinhas desses Estados em unidade de conservação de proteção integral. Essa proteção não permite a interferência humana na manutenção dos ecossistemas, admitindo apenas o uso indireto dos seus atributos naturais, sem que haja consumo, coleta, dano ou destruição dos recursos naturais.

O projeto, apesar de ter o cunho de proteção da natureza, não observa as atividades desenvolvidas pelas populações ribeirinhas, que somam mais de 50 mil pessoas e tiram do reservatório da Usina do Xingó o próprio sustento. Sendo aprovado, o decreto da criação e implementação do Monumento Natural causará um retrocesso das políticas públicas implementadas anteriormente na Região, que foram focadas em Desenvolvimento Sustentável da População Ribeirinha.

Entre os impactos negativos que o Mona trará para Paulo Afonso e região está o fim do crescimento das atividades agropecuárias, uma vez que esses trabalhos são considerados incompatíveis dentro da unidade. O movimento trará ainda desemprego para mais de cinco mil pessoas, só em Paulo Afonso, na Bahia; e atingirá ainda as comunidades dos municípios de Delmiro Gouveia, Olho D´água do Casado e Piranhas, em Alagoas, e Canindé do São Francisco, em Sergipe.

O Mona desencadeará ainda o Êxodo Rural, uma vez que os agricultores não terão como aumentar sua produção, bem como o retrocesso na taxa de investimento do município, através da evasão de empresas do setor, gerando um impacto econômico e social. Haverá ainda retração no turismo, já que a prática de atividades turísticas não poderá ser desenvolvida dentro da unidade, como passeios de catamarã, trilhas, entre outras.

 “Temos que entender que o Meio Ambiente deve ser preservado sim, mas não dessa forma. O desenvolvimento sustentável também deve ser uma das peças dessa preservação, o que não estão levando em conta quando querem implantar o Mona. Não podemos concordar com uma ação que vai prejudicar cerca de 50 mil pessoas, afetando o desenvolvimento econômico e social de três estados. É preciso que a comunidade participe e dê sua opinião, o que não foi feito”, explica a diretora do Departamento Municipal do Meio Ambiente, Ana Maria de Souza Santos Silva.

Autor: ASCOM/PMPA

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