Vários manifestantes estiveram presentes, em frente ao memorial CHESF, para protestar contra a criação do Monumento Natural. A manifestação teve o objetivo de chamar a atenção da sociedade e os membros do Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga, sobre vários pontos que irão afetar diretamente a população ribeirinha. A Assembleia que iria concretizar a Criação do Monumento Natural, não chegou a ser realizada porque representantes do Ministério do Meio Ambiente não compareceram.
Para Dimitruis Cardoso, técnico da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, o movimento cumpriu seu objetivo. “O movimento foi positivo, conseguimos desarticular a Assembleia e chamar a atenção da sociedade sobre o assunto, mas o movimento não acaba aqui, ainda pretendemos fazer parcerias com a classe estudantil e continuar lutando por causas ambientais”, enfatiza Dimitrius.
O Monumento tem como alvo a transformação de algumas áreas ribeirinhas nos estados da Bahia, Sergipe e Alagoas, que são unidades de Conservação de Proteção Integral. Essa proteção não permite a interferência humana na manutenção dos ecossistemas, admitindo apenas o uso indireto dos seus atributos naturais, sem que haja consumo, coleta, dano ou destruição dos recursos naturais.
O projeto, apesar de ter o cunho de proteção da natureza, não observa as atividades desenvolvidas pelas populações ribeirinhas, que somam mais de 50 mil pessoas e tiram do reservatório da Usina de Xingó o próprio sustento.
Autor: ASCOM/PMPA